O coronel Valmor é presidente da Cervushumos - Centro de Valorização Humana e Moral e iniciou este trabalho há 34 anos quando era capitão do exército em Itajaí, Santa Catarina e verificou que a cidade tinha o maior índice de pessoas portadoras do vírus HIV. O coronel resolveu fazer uma especialização em dependência química e criar a fazenda terapêutica que atende pessoas de 18 a 60 anos. O atendimento é exclusivo à dependentes do sexo masculino. Cerca de cinco mil pessoas já passaram pela instituição. A entidade utiliza métodos de programas terapêuticos e não é uma clínica, não utiliza remédios. Os internos têm uma rotina e não ficam presos, mas sim livres na fazenda. Eles levantam às 06h30min da manhã, fazem a cama, a higiene, e às 08h tomam o café, depois vão para a lavoura e a limpeza da casa. As onze horas tem um sinal para o almoço, depois do almoço dormem e às duas horas tem reunião. Posteriormente as quatro horas da tarde um lanche e depois podem andar pela fazenda. A última refeição é o café às sete horas da noite. São duas fazendas, a Fazenda Santo Agostinho e Casa São Francisco em Angelina na grande Florianópolis. Além da fazenda o coronel ainda é responsável por outra instituição e que desenvolve um projeto no bairro Abraão em Florianópolis. O projeto Família Saudável, com cento e vinte crianças e que diferente das fazendas terapêuticas é um projeto para prevenção às drogas, ou seja, crianças de seis a quatorze anos passam meio período no local e outro na escola. Estas crianças do projeto não tiveram contato com as drogas e são crianças carentes. O projeto trabalha com oficinas de inclusão digital. As oficinas oferecem aulas de rádio, música, perna de pau, boi de mamão, futebol entre outros.
Noventa e nove por
cento das instituições que tratam de dependentes tem convênios com
prefeituras. A Cervushumos não tem estes convênios. O coronel diz que
quando existe convênios há uma obrigatoriedade de se aceitar internos de
todo e qualquer tipo, desde mendigos até pessoas envolvidas com crimes.
Não tendo convênio esta resolução parte do presidente da casa, o
coronel Valter. A instituição não tem qualquer vínculo com igrejas ou
religiões, mas segundo o coronel existe uma espiritualidade grande pois
que os internos também rezam, cantam; a casa é ecumênica. Também não há
qualquer vínculo com partidos. E o local que os dependentes ficam não é
um alojamento, são apartamentos, onde tem um banheiro para cada três
pessoas, hoje são atendidas quase quarenta pessoas na instituição. Mas
como essa instituição sobrevive? É uma instituição particular. Mas nem
todas as pessoas que estão no local pagam. Algumas são extremamente
pobres e não pagam nada, porém existe uma lógica, normalmente é cobrado a
comida e a hospedagem, não se paga a droga, isto a família não quer,
então o dependente vai sair mais barato do que em casa quando está
utilizando a droga e ainda corre o risco de ser morto por traficantes ou
ainda viver a vida a espera
que a droga termine com o que resta dele. Lembrando que estando em sua
casa não tem nenhum acompanhamento especializado. Algumas pessoas pagam
duzentos, quatrocentos, quinhentos, seiscentos até mil e quinhentos
reais; os que podem mais, então acaba auxiliando aquele que não pode
pagar. Para que a pessoa possa ser atendida é importante que o
dependente queira, mas existe uma outra forma que é a internação compulsória, onde a família procura a instituição e consegue uma ordem judicial
para que o dependente seja atendido. Basta à família autorizar por
escrito, o usuário também preencherá uma ficha colocando o que utiliza e
há quanto tempo, para que possa ser melhor atendido no local.
O coronel explica que existem três maneiras de se tratar a questão das drogas:
1ª. - Repressão,
2ª. - Tratamento e recuperação,
3ª. - Prevenção à Escola, Família, comunidade.
A terceira opção é
a mais viável. O coronel Valter nos fala da necessidade de estarmos
atentos para a prevenção. E ressalta da importância da família, da
escola e da figura do professor e até nos ilustrou um caso de uma menina
obesa que já houvera tentado emagrecer e que somente conseguiu quando
uma professora da escola começou a falar do assunto, ilustrando a
respeito das vitaminas, dos nutrientes, etc. Isto nos mostra como a
figura do educador exerce papel importante na vida das pessoas. E as
escolas precisam estar preparadas para fazer está prevenção. Cada
professor em sua matéria deveria aproveitar para tratar do assunto de
forma preventiva direcionando o pensamento da criança e do jovem.
Conheça a Instituição:
CENTRO DE VALORIZAÇÃO HUMANA MORAL E SOCIAL
FAZENDA SANTO AGOSTINHO - masculina
Rua Geral de Garcia - Angelina - SC Fone: (48) 3274-1089
Rua Geral de Garcia - Angelina - SC Fone: (48) 3274-1089
CASA SÃO FRANCISCO - Masculina
Rua Geral da Represa do Garcia - Angelina - SC
Fone: (48) 3274-1516 / 9955-9198
Rua Geral da Represa do Garcia - Angelina - SC
Fone: (48) 3274-1516 / 9955-9198
PROJETO FAMÍLIA SAUDÁVEL
Rua Joaquim Fernando de Oliveira, N. 78 - Abraão - Florianópolis - SC
(48) 3249-5457
(48) 3249-5457
SEDE ADMINISTRATIVA E SETOR DE TRIAGEM CASA SANTA MÔNICA
Rua Max Schlemper, N. 82 - Ponte Imaruim - Palhoça - SC. - CEP: 88130-325
Fone/fax: (48) 3242-0592 ou 3286-0162
Horário de atendimento: das 8 h às 12 h e das 14:00 às 18 h.
Fone/fax: (48) 3242-0592 ou 3286-0162
Horário de atendimento: das 8 h às 12 h e das 14:00 às 18 h.
Responsável:
Presidente do CEVAHUMOS: Cel. Valmor R. Machado 3244-3248/ 9983-2730
A dependência química é uma doença. Trate-a antes que ela acabe com a vida.
ResponderExcluirMuitas mães não querem internar os filhos para o tratamento adequado, acham que é uma prissão ou um hospital, errado. O Cevahumos é um Centro de Valorização Humana. O dependente aprende conviver consigo mesmo. O tratamento ainda é o melhor remédio.
Mas há os que esperam que a droga os mate os faça algo parecido com os que os rodeiam. Da família, possivelmente quem mais sobre é a mãe e muitas não resistem a tanto sofrimento. O tratamento é um bem, que uma família pode fazer ao filho que um dia caiu nas drogas.