segunda-feira, 30 de abril de 2012

Instituto Geral de Perícias recebe equipamento de alta tecnologia para investigação criminal

                                                                        Foto: Site SSPSC



Fonte: Site SSPSC


Durante a nomeação de 29 peritos criminais e 15 auxiliares criminalísticos que vão atuar no Instituto Geral de Perícias (IGP) em 19 municípios de Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo participou da demonstração do novo Cromatógrafo Gasoso. O equipamento, que será utilizado pelos peritos criminais bioquímicos, detecta a presença de inúmeras substâncias no corpo humano. "A forma como esse aparelho está configurado é a mais moderna do país, o que representa agilidade e precisão nos resultados", afirmou o governador, nesta sexta-feira (27).
O Cromatógrafo Gasoso com Detector de Massas (CG-MS), que teve recursos de R$ 820 mil do Governo do Estado, é um equipamento usado para identificar substâncias que podem determinar a causa da morte de uma pessoa. O CG-MS tem um banco de dados com 600 mil substâncias cadastradas. “Até o momento, a gente trabalhava com um equipamento no qual precisava ter um padrão da substância que se procurava, o que não era totalmente preciso”, explica a perita criminal bioquímica Bruna de Souza Boff.
Na solenidade, o governador também fez o repasse de 63 novas viaturas para a Perícia Oficial do Estado. O investimento é de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Ao todo, 42 carros compactos serão destinados à perícia criminal, 14 pick-ups 4X4 (rabecões) ao Instituto Médico Legal (IML) e sete veículos adequados à perícia ambiental.
Raimundo Colombo reforçou que os investimentos em segurança têm que ser permanentes. “Cada vez mais a sociedade cobra atitude moral, rapidez e qualidade no serviço. É isso que estamos buscando, já avançamos muito em tecnologia e no modelo operacional.” O governador ainda explicou que os trabalhos são realizados sem nenhuma interferência política. “Os novos peritos, estão prontos para servir Santa Catarina. Confiamos no empenho e desempenho deles. Os governos são passageiros, mas o Estado é permanente.”
O secretário César Augusto Grubba, falou da importância em se manter a política de reposição de pessoal na área da Segurança Pública. Grubba destacou a nomeação de 1,2 mil novos policiais civis, militares e bombeiros militares, renovação da frota de viaturas e equipamentos modernos que, segundo ele, “contribuem para a qualifiicação e melhoria do serviço público”.
Com a chegada dos novos servidores, serão supridas as necessidades nas áreas de perícia geral, bioquímica, engenharia civil, fonoaudiologia, informática, médico legista e criminal, nas cidades de Blumenau, Brusque, Caçador, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Itajaí/Balneário Camboriú, Joaçaba, Joinville, Lages, Mafra, Palhoça, Porto União, Rio do Sul, São Bento do Sul, Videira e Xanxerê. A escolha do local de lotação para o exercício da função, dentre as vagas disponibilizadas, foi realizada ao término do Curso de Formação Profissional, por ordem de classificação obtida pelos alunos.
Para o diretor-geral do Instituto Geral de Perícias, Rodrigo Tasso, o reforço no efetivo veio em boa hora. “Com a atuação desses peritos nas cidades catarinenses, vamos conseguir melhorar muito o nosso trabalho e contribuir com a segurança pública de Santa Catarina.”
Como funciona o Cromatógrafo Gasoso – CGMS
Para fazer a análise da substância que pode determinar a causa da morte de uma pessoa, o perito recolhe amostras de tecidos ou líquidos e o equipamento faz a identificação de tudo o que o indivíduo consumiu nas últimas 72 horas, por meio da alteração de temperatura. O resultado é rápido e seguro.
A interpretação dos dados analisados pelo CG-MS é tão precisa que é possível identificar a presença de qualquer substância, independente do volume consumido. O equipamento anterior limitava a investigação porque só seria possível precisar que substância poderia ter causado a morte se a vítima consumisse altas doses. “Vamos melhorar nossos índices de resolutividade. É uma ferramenta importante para o esclarecimento de crimes”, observa o diretor-geral do IGP, Rodrigo Tasso.